A moda do "0%" e do "baixo em calorias" chegou às vinícolas. O vinho sem álcool pode ser a bebida perfeita: aromática, leve e sem consequências perniciosas (31/05/2010) Agência EFE |
Após cinco anos de pesquisas, o Grupo Matarromera, que também comercializava um vinho com apenas 0,5 grau, conseguiu elaborar uma bebida similar, mas isenta de conteúdo alcoólico, o EminaZero, disponível nas variedades tinto, branco, rosado e espumante. "Ser pioneiro tem seu lado bom e ruim. Sempre existe o purista que vê como um erro tirar o álcool do vinho, mas 98% dos comentários são positivos", afirma Remi Sanz, diretor de comunicação da empresa. Segundo ele, o vinho sem álcool não pretende substituir a versão tradicional da bebida, mas sim aumentar o número de pessoas que consomem vinho.
Produção A questão inevitável que os produtores enfrentam é como fazer esta bebida sem que ela se torne apenas um suco de uvas. O segredo é fabricar um vinho regular, para então extrair o álcool. "Quanto melhor for o vinho de origem, melhor o produto final", diz Sanz. Após a fabricação do vinho tradicional, começa um processo chamado desconstrução molecular organoléptica, que consiste em separar os diferentes componentes do vinho, começando pelos aromas, que são os mais voláteis, para continuar depois com o álcool e finalmente com o resto dos ingredientes. Em seguida, é feita a reunião dos componentes, sem incluir na mistura o álcool.
Algumas pessoas podem estranhar o sabor do vinho totalmente sem álcool, já que a bebida não deixa no paladar a acidez final típica do vinho etílico. "Logicamente quando se mexe tanto no produto e se altera sua estrutura sempre há mudanças. Todos os matizes de cor e tonalidades se mantêm intactos, e quase 85% dos aromas também", afirma Remi Sanz. Creditos- portal G1/Globo Rural |
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