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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Vinhos - Vinhos sem álcool têm grande potencial de mercado



A moda do "0%" e do "baixo em calorias" chegou às vinícolas. O vinho sem álcool pode ser a bebida perfeita: aromática, leve e sem consequências perniciosas

(31/05/2010) Agência EFE


Até agora, diversas marcas comercializavam o vinho quase sem álcool, com um levíssimo componente etílico entre 0,2% e 0,7%, provavelmente imperceptível ao paladar, mas suficiente para que determinados grupos não os tolerassem, especialmente aqueles cujos preceitos religiosos proíbem a ingestão de álcool.
Após cinco anos de pesquisas, o Grupo Matarromera, que também comercializava um vinho com apenas 0,5 grau, conseguiu elaborar uma bebida similar, mas isenta de conteúdo alcoólico, o EminaZero, disponível nas variedades tinto, branco, rosado e espumante.
"Ser pioneiro tem seu lado bom e ruim. Sempre existe o purista que vê como um erro tirar o álcool do vinho, mas 98% dos comentários são positivos", afirma Remi Sanz, diretor de comunicação da empresa. Segundo ele, o vinho sem álcool não pretende substituir a versão tradicional da bebida, mas sim aumentar o número de pessoas que consomem vinho.

O vinho EminaZero não possui álcool em sua fórmula. Comerciantes exploram a distribuição do vinho sem álcool também em latas
O certo é que este vinho sem álcool começou bem sua caminhada, já que logo após ser apresentado na última edição da Alimentaria, a principal feira do setor na Espanha, levou o prêmio de Produto Mais Inovador na categoria de bebidas. O EminaZero também foi apresentado em fevereiro deste ano na feira Gulf Food, em Dubai, nos Emirados Árabes, e obteve boa aceitação. "Até agora era impensável entrar em um país de maioria muçulmana com nossos produtos", afirma Sanz. “Mas uma vez abertas as portas, a tarefa fica fácil”.
Produção
A questão inevitável que os produtores enfrentam é como fazer esta bebida sem que ela se torne apenas um suco de uvas. O segredo é fabricar um vinho regular, para então extrair o álcool. "Quanto melhor for o vinho de origem, melhor o produto final", diz Sanz.
Após a fabricação do vinho tradicional, começa um processo chamado desconstrução molecular organoléptica, que consiste em separar os diferentes componentes do vinho, começando pelos aromas, que são os mais voláteis, para continuar depois com o álcool e finalmente com o resto dos ingredientes. Em seguida, é feita a reunião dos componentes, sem incluir na mistura o álcool.

As parreiras que originam o vinho sem álcool são as mesmas da bebida tradicional
No caso do vinho californiano "Fre", a retirada do álcool é feita por um processo de filtração a frio que, segundo seus responsáveis, não danifica os aromas e propriedades naturais da uva. Este método evita o aquecimento, evaporação ou destilação do vinho e se baseia na osmose inversa para separar de forma natural o álcool do vinho resultante.
Algumas pessoas podem estranhar o sabor do vinho totalmente sem álcool, já que a bebida não deixa no paladar a acidez final típica do vinho etílico. "Logicamente quando se mexe tanto no produto e se altera sua estrutura sempre há mudanças. Todos os matizes de cor e tonalidades se mantêm intactos, e quase 85% dos aromas também", afirma Remi Sanz.



Creditos- portal G1/Globo Rural

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